O conceito de “fogo de palha” é simples, mas poderoso. Ele representa algo que começa com uma grande chama, um entusiasmo, mas logo se apaga. A pessoa fica cheia de ideias, empolgada com um novo projeto ou meta, mas com o tempo, essa energia vai se dissipando.
Parece familiar, né? Muitas vezes, começamos algo com todo o gás, mas, à medida que o tempo passa, o brilho vai diminuindo e a energia vai embora. Isso acontece com novos projetos, sonhos, relacionamentos, até mesmo trabalhos e hábitos.
A grande questão é que o “fogo de palha” pode ser uma faísca inicial para algo grande, mas sem o devido cuidado, ele pode desaparecer rápido demais. O segredo é saber como manter essa chama acesa e transformá-la em algo duradouro.
Ou seja, é necessário alimentar esse fogo constantemente, com ações consistentes, paciência e, claro, disciplina. A faísca inicial não pode ser a única coisa que você tem, ou o fogo vai se apagar.
Mas então, por que isso sempre acontece?
Por que começamos com tanta motivação e depois o desânimo toma conta?
A psicologia da motivação tem uma explicação interessante. Quando começamos algo novo, o cérebro libera dopamina, o neurotransmissor da recompensa, que nos dá prazer e motivação.
No início, essa sensação é ótima! Estamos cheios de energia, prontos para conquistar o mundo.
Porém, com o tempo, a novidade se esgota e a dopamina vai diminuindo. A rotina entra em cena e as dificuldades começam a surgir. É aqui que o “fogo de palha” começa a se apagar. A motivação diminui, a empolgação vai embora e, sem estratégias, o entusiasmo desaparece.
Além disso, fatores externos, como falta de apoio, distrações e obstáculos imprevistos, podem contribuir para que esse ciclo de desânimo aconteça. É um processo normal, mas que, quando não tratado, pode levar à desistência.
Um padrão de comportamento de “fogo de palha” pode gerar sofrimento?
Quando o “fogo de palha” se apaga, o sofrimento é real. Muitos de nós já passamos por isso, e é difícil não se sentir frustrado. O principal sofrimento gerado pelo fogo de palha é a frustração. Começamos com grandes expectativas, e quando vemos que não conseguimos manter o ritmo, nos sentimos incapazes. Isso leva a uma autocrítica severa, onde pensamos “não sou bom o suficiente” ou “não sou capaz de terminar o que comecei”.
Essa frustração pode levar à desistência. Quando vemos que o esforço não valeu a pena, muitas vezes abandonamos o objetivo, achando que não conseguimos alcançar o que queríamos.
Mas a boa notícia é que esse sofrimento pode ser superado! E é justamente isso que vamos explorar agora.
Como evitar agir como “fogo de palha”?
- Estabeleça metas realistas e pequenas Comece com metas menores, mais alcançáveis, que você consiga cumprir de forma consistente. Isso ajuda a evitar o sentimento de sobrecarga e mantém o foco. Metas grandes podem gerar ansiedade e desânimo se não forem divididas em etapas.
- Disciplina é mais importante que motivação A motivação vem e vai, mas a disciplina é constante. Mesmo quando você não está superempolgado, é preciso continuar com as ações que vão te levar até a sua meta. A consistência, mesmo sem a motivação intensa, vai fazer toda a diferença.
- Reveja o seu propósito Quando você sentir que a chama está se apagando, é importante resgatar o “porquê” do seu objetivo. Pergunte-se: “Por que isso é importante para mim? Como minha vida vai ser diferente se eu alcançar essa meta?” Conectar-se com o propósito real pode reacender a motivação e te impulsionar a continuar.
- Celebre pequenas vitórias Reconhecer e celebrar as pequenas conquistas ao longo do caminho cria um ciclo de reforço positivo, o que vai manter a motivação viva. Não espere até o final para comemorar, celebre cada passo.
- Psicoterapia onde pode te ajuda a entender os padrões de comportamento que você tem. Por que começa as coisas com empolgação e depois desiste? O que está por trás desse ciclo? Com o autoconhecimento, você começa a perceber e trabalhar nas suas próprias limitações e comportamentos, pode ajudar a lidar com as frustrações e as emoções negativas que surgem quando a motivação diminui. Ao aprender a lidar melhor com os altos e baixos emocionais, fica mais fácil manter o foco, e em sessões de psicoterapia, você pode aprender a definir metas de maneira mais clara, realista e alinhada aos seus valores, o que te ajuda a não perder o rumo e a ter mais compromisso com o que deseja alcançar.
Espero que isso possa a te ajudar a romper com esse padrão de comportamento!
Viver é movimento, mas não qualquer movimento!